domingo, 4 de agosto de 2013

MANUAL DE PINTURA INDUSTRIAL


“ O início deste trabalho  tem como objetivo apresentar os fundamentos técnicos da pintura industrial, avaliando-se os métodos de preparação de superfície, de aplicação da pintura, bem como as ações de prevenção durante a aplicação da pintura para com os problemas executivos em geral e de corrosão nas estruturas metálicas. As informações técnicas foram obtidas através de pesquisa em artigos técnicos, apostilas, livros, internet e normas técnicas, formulando um melhor conteúdo para o entendimento sobre a pintura industrial na proteção anticorrosiva”.




MANUAL
DE
PINTURA INDUSTRIAL













I



Segue abaixo uma apostila básica para treinamento de pintores elaborado pelo seguimento Industrial.

Ela aborda alguns temas como por que não se deve pintar sobre carepa de laminação, constituintes das tintas, a importância da pintura industrial, uma descrição breve de algumas falhas e defeitos encontrados em uma película de tinta e algumas tabelas que podem ajudar nos cálculos de orçamentos.

“Na especificação de um esquema de pintura procura-se indicar tintas de alto padrão técnico, preparo adequado de superfície e condições de aplicação para se conseguir bom desempenho do esquema de pintura e consequentemente adequado tempo de vida útil das estruturas ou equipamentos. Entretanto por ocasião do esquema de pintura, se não houver qualificação na mão de obra, todos os gastos na elaboração da especificação e na aquisição dos materiais podem ser perdidos pelo fato desses profissionais não terem os conhecimentos teóricos básicos para que, somados à capacitação prática, permitam atingir os objetivos da PINTURA INDUSTRIAL.






I I

INTRODUÇÃO


Nas últimas décadas houve um notável progresso no campo das tintas anticorrosivas. Primeiramente as tintas epóxi de alta espessura, depois as tintas LOW VOC, e mais recentemente as tintas hidrossolúveis. Os fabricantes sempre se caracterizam no mercado brasileiro de tintas anticorrosivas pela inovação e pelo constante desenvolvimento de produtos que se constituem em novas soluções para a proteção anticorrosiva.


A CONSTRUTEC juntamente com os seus parceiros fabricantes proporcionam aos especificadores, aplicadores e responsáveis pela manutenção das indústrias, através de literatura completa dos seus produtos, e pelo suporte dado por profissionais altamente especializados que auxiliam nossos clientes em todas as fases das pinturas, desde a correta seleção dos produtos até a orientação na maneira correta de aplicação.


No processo de seleção de sistemas de pintura é importante levar em consideração os seguintes aspectos:

·         A agressividade do ambiente;
·         A previsão da vida útil da pintura;
·         Conteúdo de sólidos por volume das tintas;
·         Rendimento teórico por galão;
·         As espessuras do filme seco recomendado para cada demão;
·         Preparo de superfície necessária;
·         Custo total do sistema de pintura aplicado;
·         Custo por m² por ano de serviço;
·         A facilidade de aplicação dos produtos;
·         A facilidade de reparo de áreas danificadas.

O sistema de pintura proposto por cada fornecedor deve ser comparado item por item com os tópicos acima. Dessa maneira o especificador terá elementos para avaliar os benefícios que cada um dos sistemas propostos pode lhe oferecer. Havendo qualquer tipo de dúvida, o especificador deve consultar o fornecedor para esclarecê-las.

Comete-se frequentemente o erro de condicionar a compra da tinta ao seu custo por galão. A escolha de uma tinta baseada somente no preço mais baixo representa uma falsa economia.

O custo das tintas protetivas é de aproximadamente 30% do custo total do serviço, enquanto os custos de preparo da superfície, aplicação, limpeza, etc. geralmente são os mesmos, independentemente do custo dos materiais, e representam aproximadamente 70% do custo total do serviço. É um fato comprovado que a alta qualidade das tintas protetivas proporciona menor custo por m² por ano de serviço do que as tintas convencionais.

Existe progressiva tendência na indústria de selecionar tintas baseadas em qualidade e desempenho, desconsiderando as compras baseadas no custo inicial por galão.




III
TINTAS



Antes de explicar o conceito de tinta é importante lembrar que estamos nos referindo às tintas de revestimento, e não às tintas gráficas. Esses tipos de tintas são bem distintos.



Normalmente as tintas de revestimento são classificadas como:

* Tintas Imobiliárias/Arquitetônicas
* Tintas para Automóveis e Veículos Automotores (tintas originais e para repintura)
* Tintas Industriais
A Tinta é uma composição química formada pela dispersão de pigmentos numa solução ou emulsão de um ou mais polímeros, é uma preparação, geralmente na forma líquida, que, ao ser aplicado na forma de uma película fina sobre uma superfície ou substrato, se transforma num revestimento a ela aderente com a finalidade de higenização, iluminação, proteção, segurança e estética.




Quando essa tinta não contém pigmentos, ela é chamada de verniz. Por ter pigmentos a tinta cobre o substrato, enquanto o verniz deixa transparente.

A função de uma tinta ou verniz é revestir as mais variadas superfícies, proteger e embelezar imóveis e produtos industriais, além de sinalizar estradas, ruas, portos, aeroportos e outros.

De acordo com a superfície na qual vai ser aplicada, a pintura tem finalidades diferentes:

ALVENARIA
A pintura evita o esfarelamento do material, a absorção da água da chuva e da sujeira, o desenvolvimento de mofo entre outros.

MADEIRA
Além do embelezamento, a tinta na madeira contribui para impedir a absorção de água e umidade pelo material, o que leva a maior durabilidade do mesmo.

METAL FERROSO – AÇO-CARBONO
Atualmente a pintura é a solução mais utilizada para o combate à corrosão nestes materiais.

METAL NÃO FERROSO
Assim como em todos os outros, a pintura é utilizada para colorir e decorar esses materiais.





RESINA


É a parte não volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas de pigmentos e são responsáveis pela formação da película protetora na qual se converte a tinta depois de seca. A resina também denomina o tipo de tinta ou revestimento empregado. Assim, por exemplo, temos as tintas acrílicas, alquídicas, epoxídicas, etc.

Tintas industriais utilizam uma variedade bastante grande de resinas e sua escolha é feita em função do tipo de substrato, da forma de aplicação, do método de cura ou secagem, etc.

Antigamente as resinas eram a base de compostos naturais, vegetais ou animais. Hoje em dia são obtidas através da indústria química ou petroquímica por meio de reações complexas, originando polímeros que conferem às tintas propriedades de resistência e durabilidade muito superior às antigas.

As resinas são formadoras da película da tinta e são responsáveis pela maioria das características físicas e químicas desta, pois determina o brilho, a resistência química e física, a secagem, a aderência entre outras. As primeiras tintas desenvolvidas utilizavam resinas de origem natural (principalmente vegetal). Atualmente, com exceção de trabalhos artísticos, as resinas utilizadas pela indústria de tinta são sintéticas e constituem compostos de alto peso molecular.

As resinas mais usuais são as alquídicas, epóxi, poliuretânicas, acrílicas, poliéster, vinílicas e nitro celulose. Uma breve descrição de cada uma destas resinas encontra-se a seguir:

Resina alquídica: Polímero obtido pela esterificação de poliácidos e ácidos graxos com poliálcoois. Usadas para tintas que secam por oxidação ou polimerização por calor.

Resinas epóxi: Formadas na grande maioria pela reação do bisfenol A com eplicloridina; os grupos glicidila presentes na sua estrutura conferem-lhe uma grande reatividade com grupos amínicos presentes nas poliaminas e poliamidas.

Resinas acrílicas: Polímeros formados pela polimerização de monômeros acrílicos e metacrílicos; por vezes o estireno é copolimerizado com estes monômeros. A polimerização destes monômeros em emulsão (base de água) resulta nas denominadas emulsões acrílicas usadas nas tintas látex. A polimerização em solvente conduz a resina indicada para esmaltes termoconvertíveis (cura com resinas melamínicas) ou em resinas hidroxiladas para cura com poliisocianatos formandos os chamado poliuretânicos acrílicos.

Resina poliéster: Ésteres são produtos da reação de ácidos com alcoóis. Quando ela é modificada com óleo, recebe o nome de alquídica. As resinas poliéster são usadas na fabricação de primers e acabamentos de cura à estufa, combinadas com resinas amínicas, epoxídicas ou com poliisocianatos bloqueados e não bloqueados.

Emulsões vinílcas: São polímeros obtidos na copolimerização em emulsão (base água) de acetato de vinila com diferentes monômeros: acrilato de butila, di-butil maleato, etc. Estas emulsões são usadas nas tintas látex vinílicas e vinil acrílico.

Resina nitro celulose: Produzida pela reação de celulose, altamente purificada, com ácido nítrico, na presença de ácido sulfúrico. O nitro celulose possui grande uso na obtenção de lacas, cujo sistema de cura é por evaporação de solventes. São usados em composições de secagem rápida para pintura de automóveis, objetos industriais, móveis de madeira, aviões, brinquedos e papel celofane.
Para a fabricação de qualquer tipo de resina é necessário que se tenha reatores de excelente qualidade.




PIGMENTO



Material/partícula sólida finamente dividida e insolúvel no meio. Utilizado para conferir cor, opacidade, certas características de resistência e outros efeitos. São divididos em dois grupos, ativos e inertes.
Os pigmentos ativos (coloridos) conferem cor e poder de cobertura à tinta, e os inertes também chamados de cargas (não coloridos e anticorrosivos) conferem proteção aos metais se encarregando de proporcionar lixabilidade, dureza, consistência e outras características.

Os pigmentos anticorrosivos mais utilizados nas tintas de proteção ao aço carbono são:

Zarcão - Um dos pigmentos mais antigos utilizados na proteção do aço tem coloração laranja. Ele tem características alcalinas (neutraliza compostos ácidos) e oxidantes (íons solúveis, como o íon ferroso são oxidados a férricos, insolúveis). O zarcão é tóxico, pois o chumbo é um metal pesado.

Fosfato de zinco - É um pigmento que, em contato com água, dissolve-se parcialmente, liberando os ânions fosfato que passivam localmente a superfície do aço, formando fosfatos de ferro.

Zinco metálico - É utilizado o zinco metálico de alta pureza disperso em resinas epoxídicas ou etil silicato. As tintas ricas em zinco são também chamadas de “galvanização a frio”, e conferem proteção catódica ao substrato de aço (o zinco se corrói, protegendo o aço processo idênticas à proteção auferida pela galvanização tradicional). Um risco na pintura e o zinco começará a se corroer, protegendo o aço.

Cromato de zinco - É um pigmento amarelo, parcialmente solúvel em água que, assim como o fosfato de zinco, passiva localmente a superfície do aço, pela precipitação de cromatos de ferro. Este pigmento é tóxico, pois o cromo é um metal pesado.

Óxido de ferro - É um pigmento vermelho que não tem nenhum mecanismo de proteção anticorrosiva por passivação, alcalinização ou proteção catódica. Entretanto, por ser sólida e maciça, a partícula atua como barreira à difusão de espécies agressivas, como água e oxigênio. Este pigmento é muito utilizado nas tintas de fundo, não é tóxico, tem bom poder de tingimento e apresenta boa cobertura.

Alumínio e outros -  O alumínio lamelar e outros pigmentos também lamelares tais como a mica, talco, óxido de ferro micáceo e certos caulins atuam pela formação  de  folhas  microscópicas  sobrepostas,  constituindo  uma  barreira que dificulta a difusão de espécies agressivas. Quanto melhor a barreira, mais durável será a tinta. A junção de resinas bastante impermeáveis com pigmentos lamelares oferece uma ótima barreira contra a penetração dos agentes agressivos.




ADITIVOS



Ingredientes compostos geralmente em pequena quantidade que, adicionado às tintas, proporcionam e conferem características especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Utilizado para auxiliar nas diversas fases da fabricação e conferir características necessárias à aplicação. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes, como secantes, anti-sedimentantes, fungicidas, bactericidas, aromas, niveladores, antipele, antiespumante, etc.





SOLVENTE

Líquido volátil, também chamado de "Diluente", geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas e correlatos para dissolver a resina possibilitando apresentar sempre a mesma viscosidade e forma líquida. São classificados em solventes aditivos ou verdadeiros, latentes e inativos.

Os solventes oxigenados incluem produtos como cetonas, éteres de glicol e álcool. Estes tipos de solventes são criados por meio da extração de elementos de outros produtos químicos para atingir a consistência desejada e equilíbrio dos componentes. Geralmente, os solventes oxigenados têm uma taxa muito elevada de pureza, como o produto é refinado na fase final de produção. As partículas e até mesmo o excesso de água são extraídos antes de o solvente ser considerado completo e pronto para uso.
Já os solventes hidrocarbonetos incluem hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos que os tornam ideais para uso em uma série de produtos para o lar. Estes tipos de solventes são um pouco mais complexos em sua composição do que os solventes oxigenados mais simples. No entanto, solventes hidrocarbonetos tendem a ser destilados para se adequar a uma finalidade.

Os solventes halogenados são passam por um processo de cloração. Isso significa que esses tipos de solventes possuem muitas qualidades. A quantidade de líquido que dissolve geralmente é um pouco diferente, e os solventes halogenados podem ter um aroma mais pungente do que os solventes mais suaves de hidrocarbonetos.



Assim, temos:

Hidrocarbonetos aromáticos (exemplos: benzeno, tolueno e xileno);
Hidrocarbonetos alifáticos (exemplos: hexano, heptano e benzina);
Álcoois (exemplos: álcool metílico, álcool etílico e álcool propílico);
Cetonas (exemplos: acetona, metil etil cetona e metil isobutil cetona);
Ésteres (exemplos: acetato de etilo e acetato de butilo);
Éteres (exemplos: éter dibutílico, éter dimetílico e éter etílico);

Hidrocarbonetos halogenados (exemplos: cloreto de metileno, dicloreto de etileno, tetra cloro etileno, tetracloreto de carbono, tricloro etano e tricloro etileno);

Outros solventes orgânicos.






CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS TINTAS


A qualidade de uma tinta é dada pela análise de 8 (oito) itens:

ESTABILIDADE
Diz da propriedade que o produto deve ter em manter-se inalterado durante o seu prazo de validade.

COBERTURA
É a capacidade do produto em ocultar a cor da superfície em que for aplicado. Alertamos que a diluição interfere diretamente na cobertura, razão pela qual deve ser feita exatamente como indicada (o item cobertura não se aplica aos vernizes).

RENDIMENTO

Definido pela área que se consegue pintar com um determinado volume de tinta.

APLICABILIDADE
Corresponde à facilidade de aplicação. Em uma aplicação convencional, não podem ocorrer respingamento e/ou escorrimento da tinta.

NIVELAMENTO

Propriedade de formar uma película uniforme, sem deixar marcas de aplicação.

SECAGEM
Processo pelo qual uma tinta líquida se converte em película sólida.

LAVABILIDADE
É a qualidade que a tinta deve ter em resistir à limpeza com produtos de uso doméstico sem afetar a integridade da película.

DURABILIDADE

Significa a resistência que a tinta deve ter sob a ação das intempéries (sol, chuva, maresia, etc.).
É importante ressaltar que tais características variam de acordo com o produto. Linhas diferentes de tinta têm variadas finalidades e se acordam com o local de aplicação.


 TINTAS E PRIMERS

Para fins de proteção anticorrosiva de estruturas metálicas ou de equipamentos, um esquema de pintura é composto, na maioria dos casos, por três tipos de tinta: Tinta de fundo (primer), Tinta intermediária e Tinta de acabamento.


·        TINTA DE FUNDO (PRIMER): São aquelas que são aplicadas diretamente ao substrato, portanto, é a tinta responsável pela aderência do esquema de pintura ao substrato a se proteger e são as que contêm na composição os pigmentos ditos anticorrosivos;

·        TINTA INTERMEDIÁRIA: São tintas normalmente utilizadas nos esquemas de pintura com a função de aumentar a espessura do revestimento, com o objetivo de aumentar a proteção por barreira do mesmo.  Algumas tintas intermediárias são denominadas seladoras, que são utilizadas para selar uma película muito porosa, antes da aplicação da tinta de acabamento, que é o caso de tintas de fundo à base de etil silicato de zinco (N-1661) que é usado a tinta epóxi óxido de ferro (N-1202);

·        TINTA DE ACABAMENTO: São as tintas que têm a função de conferir a resistência química ao revestimento, pois são elas que estão em contato direto com o meio corrosivo, possuem na maioria dos casos boa resistência à raios ultravioletas e são as tintas que conferem a cor final dos revestimentos por pintura.






 Os tipos de tintas mais importantes para a proteção do aço carbono, tendo como classificação o tipo de resina, são:


Alquídicas - Conhecidas como esmaltes sintéticos, são tintas monocomponentes de secagem ao ar. São utilizados em interiores secos e abrigados, ou em exteriores não poluídos. Como as resinas utilizadas são saponificáveis, não resistem ao molhamento constante ou à imersão em água.

Epoxídicas - São tintas bicomponentes de secagem ao ar. A cura se dá pela reação química entre os dois componentes. O componente A é, de modo geral, à base de resina epoxídica, e o B, o agente de cura, pode ser à base de poliamida, poliamina ou isocianato alifático. São mais impermeáveis e mais resistentes aos agentes químicos do que as alquídicas. Resistem à umidade, imersão em água doce ou salgada, lubrificantes, combustíveis e diversos produtos químicos. As epoxídicas à base de água têm a mesma resistência daquelas formuladas à base de solventes orgânicos. De modo geral, não são indicadas para a exposição ao intemperismo (ação do sol e da chuva), pois desbotam e perdem o brilho (calcinação).

Poliuretânicas - São tintas bicomponentes em que o componente A é baseado em resina de poliéster ou resina acrílica, e, o B, o agente de cura, é à base de isocianato alifático. As tintas poliuretânicas são bastante resistentes ao intemperismo. Assim, são indicadas para a pintura de acabamento em estruturas expostas ao tempo. São compatíveis com primers epoxídicos e resistem por muitos anos com menor perda da cor e do brilho originais.



Acrílicas - São tintas monocomponentes à base de solventes orgânicos ou de água, e, assim como as tintas poliuretânicas, são indicadas para a pintura de acabamento. São tintas bastante resistentes à ação do sol.



IV


PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TINTAS



A Revolução Industrial teve um importante papel no desenvolvimento e amadurecimento do processo de fabricação de tinta. Com o surgimento dos equipamentos mecânicos, a produção de tinta — antes um processo manual e personalizado (ver história da tinta) —, industrializa-se, permitindo a produção em larga escala para abastecer um mercado, embora embrionário, mas bastante promissor.

O século XX colocou a disposição das indústrias uma série inovações tecnológicas que, pouco a pouco, automatizariam o processo de fabricação. Ainda neste século, as ciências — química, física e biológica — tiveram um espantoso progresso, o que contribuiu bastante para que a tinta chegasse ao patamar de excelência qualitativa em que se atualmente se encontra. As ilustrações abaixo demonstram, resumidamente, o processo de fabricação de tintas:




                                                                   Pesagem   
                                                     





A primeira etapa na fabricação de tinta é a pesagem dos materiais líquidos para o veículo da tinta. Tubulações irão transportar os materiais do tanque de estocagem.


Mistura



O fabricante coloca uma pequena quantidade de veículo em um grande misturador mecânico.Depois adiciona gradualmente o pigmento pulverizado. As pás do misturador irão girar  lentamente e transformarão os dois ingredientes em pasta de pigmento e de veículo.



Diluição e Secagem



Após a trituração, um operário derrama a pasta moída em um tanque, onde é misturada mecanicamente com mais veículo, solventes e secantes. Solventes como nafta ou água afinam a pasta. Sais de chumbo, cobalto e manganês levam a tinta a secar rapidamente. Nessa fase, a tinta é misturada até que esteja quase pronta para ser usada.


Trituração





Um operário deposita a pasta em um moinho ou triturador para dispersar as partículas de pigmento e distribuí-las uniformente pelo veículo. Existem dois tipos de moinhos: de rolos e de bolas ou seixos. Moinhos de bola ou de seixo são grandes cilindros revestidos de aço que contêm bolas de seixo ou de aço. Quando os cilindros giram, as bolas se movimentam e se chocam umas contra as outras, triturando a tinta. Um moinho de rolos tem cilindros de aço que rodam uns sobre os outros para triturar e misturar os pigmentos. A ilustração mostra um moinho de rolos.




Teste de Qualidade




Em seguida, o tingidor envia uma amostra da nova tinta para o laboratório de controle de qualidade da fábrica, que irá testar a cor e qualidade. No Brasil, os padrões de cor e qualidade são estabelecidos pelas fábricas de tintas e pelo Instituto Nacional de Pesos e Medidas.


Tintagem





Agora, um operário, chamado de tingidor, adiciona uma pequena quantidade de pigmento à tinta para conferir-lhe a cor exata e o brilho desejado.


Filtragem







Depois de ter sido aprovada,  a tinta é finalmente filtrada através de um saco de feltro, ou de outro tipo de filtro, para remover partículas sólidas de poeira ou sujeira.


Embalagem




Esta é a última etapa do processo. A tinta é despejada em um tanque (máquina de alimentação) que irá encher as latas com a quantidade exata. Esteiras rolantes transportam as latas, que serão embarcadas em caminhões e trens para o transporte final.






V

PRINCIPAIS CLASSES DE TINTAS INDUSTRIAIS



Com a quantidade e variedade de tintas disponíveis atualmente, é essencial que se escolha o sistema de pintura, a preparação da superfície e o método de aplicação que dê a desempenho necessário e um benefício proporcional ao seu custo. Segue abaixo os principais tipos de tintas existentes na manutenção industrial.


Tintas Sintéticas
Chamamos de tintas alquídicas ou sintéticas aquelas formuladas com resinas alquidícas, que são poliésteres modificados.
São usadas em interiores e exteriores.
Não resistem ao meio ácido, álcalis e a solventes fortes.
Aqui se incluem os primers e os acabamentos.

Tintas Vinílicas
Tintas de um componente, de secagem rápida, brilho baixo, mas de grande retenção de cor e brilho. Dentre todas as lacas, são as que têm maior resistência química a ácidos, álcalis e meios salinos.

Tintas Acrílicas
Tintas muitas usadas em acabamentos industriais e de manutenção, possuindo boa retenção de cor e brilho(não amarelam), são muitos usadas na pintura externa de tanques.

Tintas Epóxi
São formuladas geralmente das seguintes formas;
Componente A  -  contem a resina epóxi
Componente B  -  pode ser de dois tipos: poliamida ou poliamina. As tintas epóxi apresentam grande resistência física e química, mas sofrem amarelamento, perda de brilho e calcinação quando expostas ao exterior, entretanto sem perder as suas características protetivas.


Tintas Poliuretano
Resultado da reação entre uma resina (poliéster / acrílica hidroxilada) e um poliisocianato, Normalmente não se fazem primers a partir de poliuretano. São muito usados em exteriores, pois tem uma grande resistência a intempéries.

Tintas a Base de Alcatrão de Hulha
Produtos destinados a equipamentos e estruturas a serem enterradas ou submersos, tanto em água doce como salgada, bem como em tratamento de água e esgotos (residencial e industrial). Formuladas em epóxi (poliamina e poliamida) e poliuretano.

Tintas Ricas em Zinco
São chamadas tintas de proteção catódica e cuja característica maior esta na alta concentração do pigmento de pó de zinco. Associando-se o zinco ao ferro; este fica protegido, uma vez que o zinco é um metal menos nobre, sacrificando-se em lugar do ferro.
Os tipos mais usuais são:

Zinco Epóxi: Produto de dois componentes, sendo o componente B uma solução de poliamida.
Zinco Silicato de Etila: Produto de dois componentes, solúvel em solventes. Uma bombona plástica contém o verniz e outro recipiente contém o pó de zinco. São chamadas de zinco inorgânico.
Zinco Silicato Inorgânico: Produto de dois componentes, base água.

Tintas de Silicone
Produto destinado a equipamentos que trabalham com temperaturas elevadas, até um limite de 600ºC (picos), como caldeiras, chaminés, tubulações. Geralmente pigmentada com alumínio, essas tintas conseguem a cura de seu filme quando estes ultrapassam a temperatura de 130°C.
Quando aplicados sobre primers de zinco inorgânicos não haverá ocorrência de corrosão mesmo que tenha ficado, por períodos a frios em frequentes intervalos.




VI

PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES


1 - TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE PARA DIVERSOS SUBSTRATOS

 AÇO CARBONO
  • Desengorduramento - Sua função é a remoção de óleo, graxa ou qualquer outro contaminante que permaneça sobre a superfície, através da limpeza com panos ou trapos embebidos no solvente. Se o uso de solventes não der uma limpeza satisfatória, pode-se usar vapor com detergentes (desengraxante).
  • Limpeza com ferramentas manuais - A remoção de carepas soltas de laminação, regiões oxidadas e tintas envelhecidas, podem ser feitas através do emprego de escovas de aço, lixamento, raspagem, entre outras ferramentas manuais.
  • Limpeza com ferramentas mecânicas - Método menos trabalhoso que a anterior, pois se empregam lixadeiras elétricas, escovas de aço, pistoletes de agulha, entre outras, para a remoção de carepas soltas de laminação, regiões oxidadas e tintas envelhecidas.
  • Limpeza por jateamento - O jateamento abrasivo é o método mais eficaz para remoção de carepas soltas ou não de laminação, regiões oxidadas e tintas envelhecidas, com o emprego de granalha, escória de fundição de cobre e óxido de alumínio, aplicadas sob alta pressão.
  • OBS: Areia não está inclusa nos abrasivos, porque está proibida a sua utilização em território nacional, tanto no processo seco como úmido segundo a portaria 99 de 19/10/2004.
AÇO GALVANIZADO
  • Desengorduramento - Sua função é a remoção de óleo, graxa ou qualquer outro contaminante que permaneça sobre a superfície, através da limpeza com panos ou estopas embebidos no solvente.
Os produtos resultantes da corrosão branca do zinco devem ser removidos com água sob alta pressão ou lixamento manual. Pode-se usar o jato ligeiro (brush-off), lavando a seguir com água, para assegurar a remoção dos sais solúveis de zinco. Após a limpeza e secagem do substrato, aplicar primer de alta aderência), próprios para superfícies não ferrosas.

 ALUMÍNIO
  • Desengorduramento - Sua função é a remoção de óleo, graxa ou qualquer outro contaminante que permaneça sobre a superfície, através da limpeza com panos ou estopas embebidos no solvente. Caso o substrato estiver com indícios de corrosão, fazer um ligeiro lixamento com posterior lavagem. Deixar secar e aplicar primer de alta aderência, próprios para superfícies não ferrosas.

CONCRETO
  • Novo - Não aplicar qualquer tipo de revestimento sem que o concreto esteja seco e curado pelo menos há 25 dias (25°C). A nata de cimento e pó solto formado na sua superfície deve ser eliminada, para que haja uma perfeita aderência do sistema. O tratamento adequado para a redução da alcalinidade do concreto é o tratamento ácido. Adicionar ácido muriático (HCL) a 15% em água, homogeneizar com espátula de madeira, aplicar sobre o concreto, deixando-o agir até que a superfície apresente uma aparência rugosa e áspera. Lavar com água abundantemente, não deixando formar poças. Esperar secar e aplicar o revestimento especificado.
  • Velho - A nata de cimento e pó solto formado na sua superfície deve ser eliminada para que haja uma perfeita aderência do sistema. O tratamento adequado para superfícies de concreto velho é o jateamento ligeiro. Escovas rotativas podem ser usadas, mas requerem mais trabalho. Outro método é o do ácido muriático já descrito acima
Como dito anteriormente, a necessidade de grau mínimo de limpeza superficial varia de acordo com o tipo de tinta a ser aplicada e com as condições a que estas ficarão expostas.


 GRAUS DE LIMPEZA SUPERFÍCIAL

A norma mais citada e empregada para a preparação da superfície do aço é a Norma Sueca SIS 05 59 00-1967 “Graus de Enferrujamento da Superfície de Aço Laminado a Quente e Graus de Preparo destas Superfícies para Aplicação de Revestimentos Anticorrosivos”.
Esta norma foi elaborada pelo Instituto Sueco de Corrosão, de acordo com o American Society for Testing and Materials ASTM e o Steel Structures Paint Council SSPC, dos EUA.
Os padrões de grau de corrosão são definidos através de fotografias do estado de intemperismo em que o aço se encontra para pintura:

GRAU - A superfície com carepa de laminação ainda intacta
GRAU - B superfície com carepa de laminação se destacando e com presença de ferrugem
GRAU - C superfície com corrosão generalizada e sem carepa
GRAU - D superfície com corrosão generalizada e com pontos profundos de corrosão (pites)


PADRÕES DE PREPARAÇÃO:

Os padrões de grau de limpeza também são definidos através de fotografias do estado em que as superfícies ficam após o tratamento de limpeza:

St 2: Limpeza manual, executada com ferramentas manuais como escovas, raspadores, lixas e palhas de aço.


St 3: Limpeza mecânica executada com ferramentas mecanizadas como escovas rotativas, pneumáticas ou elétricas.

Sa 1: É o jato ligeiro (brush off). A superfície resultante deverá encontrar-se inteiramente livre de óleos, graxas e materiais como carepa, tinta e ferrugem soltas. A carepa e a ferrugem remanescentes poderão permanecer, desde que firmemente aderidas. O metal deverá ser exposto ao jato abrasivo por tempo suficiente para provocar a exposição do metal base em vários pontos da superfície sob a camada de carepa.

Sa 2: Chamado de jato comercial. A superfície resultante do jateamento poderá apresentar manchas e pequenos resíduos devidos à ferrugem, carepa e tinta. Pelo menos 2/3 da área deverá estar isenta de resíduos visíveis, enquanto o restante será limitado pelas manchas e resíduos.

Sa 2 ½: Chamado de jato ao metal quase branco. É definida como superfície livre de óleo, graxa, carepa, ferrugem, tinta e outros materiais, podendo apresentar pequenas manchas claras devidas a resíduos de ferrugem, carepa e tinta. Pelo menos 95% da área deverá estar isenta de resíduos visíveis, sendo o restante referente aos materiais acima mencionados.

Sa 3: Conhecido como jato ao metal branco. Após a limpeza, o aço deverá exibir cor metálica uniforme, branco-acinzentada, sendo removidos 100% de carepas e ferrugens. A superfície resultante estará livre de óleos, graxas, carepa, tinta, ferrugem e de qualquer outro depósito.

A superfície  metálica  deverá ser previamente  lavada com água e tensoativos neutros, esfregando-se com uma escova de nylon. Após a lavagem, secar a superfície naturalmente ou com ar comprimido limpo (isento de óleo) e seco.
Esta providência é necessária, pois as operações de escovamento e jato não removem óleos, gorduras e sais da superfície.






NORMAS MUNDIAIS PARA PREPARAO DE SUPERFÍCIES:


(1) - Preparation of Steel Substrates Before Application of Paints and Related Products (ISO 8501-1).
(2) - Swedish Standard Institution (SIS 05 5900 - 88) - Norma Sueca.
(3) - PETROBRÁS - Norma Brasileira Baseada na ISO.
(4) - Steel Structure Painting Council - Norma Americana.
(5) - British Standards - Norma Inglesa.
(6) - National Association of Corrosion Engineers - Norma Americana.
(7) - The Shipbuilding Research Association of Japan Standards for the Preparation of Steel Surface Prior to Painting - Norma Japonesa.




VII

CONTROLE DE FILME ÚMIDO


A medida da espessura úmida da camada de tinta aplicada é feita imediatamente após a aplicação, com um pente de aço inoxidável que tem dois dentes com o mesmo comprimento e outros com comprimentos variáveis, em forma de escada.
O pintor apoia o pente sobre a superfície pintada e verifica qual foi o dente de maior valor que molhou e o primeiro após que não molhou.




Este controle tem como base o teor de sólidos por volume da tinta e a espessura seca desejada. É um método de controle eficaz, pois se evita o desperdício de tinta e uma possível insuficiência de tinta na película seca.

O cálculo é feito a partir da fórmula:
EFU = EFS X (100 + % DILUIÇÃO
                           SV
Onde:
EFU - Espessura do filme úmido
EFS - Espessura seca desejada
SV - Teor de sólidos por volume da tinta


Exemplo:Para uma tinta de 75% de sólidos por volume e com espessura seca de 120 micrometros e diluída a 15% em volume obteremos:
EFU = 120 x (100 + 15)
                    75
EFU = 120 x 115 ÷  75
EFU = 184μm




Ou seja: para a determinada tinta devemos aplicar 184 micrometros de filme úmido para obtermos 120 micrometros na película seca.




VIII

FATORES ECONOMICOS DE UMA PINTURA


Para melhor compreensão do valor ideal de uma pintura com tinta de alto desempenho em condições de serviço específicas, é preciso ter algum conhecimento de como calcular a economia potencial deste sistema.

O custo real de um sistema de pintura está parcialmente refletido no preço da tinta. O elevado custo da mão-de-obra decorrente da preparação da superfície e da aplicação do material representa a maior parcela do preço da pintura.

O custo global da pintura deve ser amortizado durante o período de duração do sistema. Consequentemente, a medida exata do valor da pintura pode ser mais bem compreendida em termos de custos por m², e por ano de serviço. A fórmula de avaliação de uma pintura pode ser ilustrada como segue abaixo:




(custo do material + custo de preparação de superfície + custo de aplicação) / anos de serviço



Considerando que a preparação da superfície e os custos de aplicação são relativamente independentes do sistema de pintura escolhido, é fácil verificar que a parcela referente ao custo do material em relação ao preço total da pintura diminui sensivelmente por influência do denominador da fração: a expectativa dos anos de duração do sistema de proteção.
O aperfeiçoamento da tecnologia no campo dos revestimentos anticorrosivos permite agora ao especificador de pintura oferecer melhorias sensíveis no desempenho total do sistema de pintura, selecionando produtos de alto desempenho.

Os sistemas de pintura de alto desempenho são materiais de custo aquisitivo aparentemente mais elevado. Em ambientes agressivos, entretanto, onde a proteção prolongada e a aparência são de importância primordial, eles se alinham entre os materiais de custo real que proporcionam mais benefícios na indústria de revestimentos, graças ao seu alto desempenho




IX

DICAS PARA USO DE TINTAS


    1.        Em todos os produtos catalisados, é necessária a mistura do componente A com o B, que são definidos pela etiqueta constante em cada embalagem.
  1. Adicione lentamente o catalisador (componente B) sobre a tinta (componente A).
  2. Homogeneizar completamente a mistura, deixando descansar de 20 a 30 minutos. Se necessário, dilua com o diluente indicado, antes de aplicar.
  3. Produtos à base de resinas epoxi ou poliuretânicas possuem tempos de vida útil da mistura diferenciados. Assim, para o alcance do melhor desempenho no uso dos mesmos, observar o boletim técnico dos materiais. Ainda, prepare somente a quantidade que será utilizada durante este período.
  4. Nunca guarde tinta já catalisada.
  5. As condições climáticas influem, em muito, no tempo de secagem do produto. Observe sempre o tempo recomendado entre demãos e a cura final.
  6. Para aplicação em ambientes confinados, com pouca ventilação, é necessário providenciar a renovação adequada do ar.
  7. Intervalo entre demãos: tintas catalisadas possuem secagem distintas. Portanto, o respeito aos tempos de repintura é imprescindível. Para tal, consulte o boletim técnico do material.
  8. A resistência química, dureza e demais propriedades de nossos produtos são atingidas somente após a cura final, que leva, em média, 07 (sete) dias para ocorrer. Assim, toda superfície revestida só poderá ser liberada para uso ou tráfego após transcorrido este período.
  9. Se durante a pintura ocorrer respingos, limpe imediatamente com pano embebido no diluente especificado. Caso esses respingos sequem, sua remoção ficará dificultada.
  10. Após a execução do serviço, lave imediatamente as ferramentas utilizadas, usando o diluente especificado.
  11. As linhas de tintas com formulação à base de resina epoxi, sofre calcinação (formação de gizamento) e alteração da tonalidade, quando exposta aos raios solares. Porém, preserva a mesma resistência química/mecânica.
  12. A aplicação de produtos catalisados não é indicada sobre cal, superfícies arenosas, cimento queimado ou argamassas, como Reboquit, Vedacit, etc. Esta aplicação só é possível após um prévio tratamento, que deverá ser recomendado pelo nosso Depto. Técnico (51-3012.2333).
  13. Nem todos os tipos de pisos ou lajotas podem receber acabamentos catalisados, devido à multiplicidade do grau de porosidade da superfície.

TEMPO DE INDUÇÃO
É o tempo que se dá às tintas catalisadas bi ou tri componentes, após a mistura dos componentes A, B ou C, para que se possa entrar em operação de aplicação. Este tempo é de no mínimo 15 e no máximo 30 minutos em temperatura de ± 25ºC. Quanto mais baixa for a temperatura maior deverá ser o tempo de indução.
O tempo de indução é de fundamental importância para que a tinta não perca suas propriedades físicas e químicas após a sua aplicação e, conseqüentemente, a sua cura, não comprometendo a durabilidade do sistema de pintura.
           
O tempo de indução é muito importante, pois ele propicia que os reagentes se encontrem e, com isso, seja possível obter o máximo desempenho que se deseja.
Obs: Importante ressaltar que na maioria dos casos a diluição só deve ser feita depois de decorrido o tempo de indução.
DILUIÇÃO
A diluição recomendada vai depender diretamente da temperatura ambiente, dos equipamentos utilizados, bem como da habilidade dos pintores. Como as várias regiões do nosso país são bastante diferenciadas em termos climáticos, recomendamos sempre que se consulte nosso departamento técnico para uma melhor indicação da quantidade de solvente de diluição para cada equipamento utilizado.


CUIDADOS NA PREPARAÇÃO DE UMA TINTA

Mesmo tratando-se de tintas prontas para uso, certos cuidados devem ser observados antes do seu uso. Na preparação de tintas e vernizes para aplicação, normalmente são utilizados diluentes ou "thinners" para redução da viscosidade. É recomendável seguir as instruções do fornecedor, utilizando apenas os produtos indicados para diluição, para que se atinja os resultados ideais na aplicação. Certos tipos de tintas ou vernizes necessitam do uso de catalisadores. Esses devem ser adicionados nas proporções indicadas pelo fornecedor, caso contrário, corre-se o risco de não serem atingidas as características ideais do filme curado.
Antes da aplicação, o conteúdo deverá estar completamente homogeneizado. Para tal, usa-se uma espátula de metal ou taipa de madeira lisa e seca. Mesmo durante a pintura, deve-se agitar periodicamente o produto em aplicação. Nos tanques de grandes dimensões existem sistemas manuais e até pneumáticos de agitação. Outros fatores que influem durante a pintura são: a umidade relativa, que nunca deve ser superior a 85%; e a temperatura ambiente, entre 10 a 40°C. É importante frisar que esta condições ideais nem sempre são aplicáveis na prática. A umidade superior a 85% causa diversos inconvenientes, sendo o branqueamento o fenômeno mais conhecido em caso de produtos à base de resinas nitrocelulósicas. Outro exemplo é o retardamento da secagem de produtos de cura ao ar, que pode ocorrer. Os extremos de temperatura podem causar problemas tão opostos como o empoeiramento em dias quentes, ou o escorrimento em dias frios. Para contornar essas dificuldades, existem alternativas que vão desde a simples utilização de um retardador, até a instalação de estufas de secagem.


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X

PROBLEMAS E SOLUÇÕES



Alastramento insuficiente
Origens
Correções
Diluição insuficiente
Diluir conforme indicado no boletim técnico
Utilização de solvente de rápida evaporação
Utilizar o diluente específico do produto
Aplicação de camada muito fina
Aplicar na espessura recomendada conforme boletim técnico
Incorreta pressão de pulverização da pistola
Ajustar a pressão adequada

Aspereza
Após a secagem da tinta a superfície se apresenta áspera ao toque, com partículas sólidas salientes e aderidas ao filme
Origens
Correções
Poeira do ambiente depositada sobre a pintura enquanto ainda não curada
Evitar pinturas em ambientes poeirentos
A tinta não foi devidamente homogeneizada antes da aplicação
Homogeneizar a tinta completamente e filtrar se necessário

Baixa resistência a lavabilidade
Descascamento do filme de tinta do substrato, parcial ou totalmente
Origens
Correções
A tinta não está curada
Deixar curar a tinta por 20 dias antes de lavar
A formulação não é adequada
Usar tintas de formulação adequada

Calcinação
Envelhecimento superficial das pinturas resultando no seu engizamento (chalking)
Origens
Correções
Degradação da resina sob o efeito dos raios solares
Nas tintas brancas e pastéis uso de pigmento (dióxido de titânio) inadequado
Escolher tintas de formulação adequada para resistir as radiações ultravioleta e às intempéries

Casca de laranja
Origens
Correções
Utilização do solvente inadequado
Utilize o diluente indicado pelo fabricante
Manuseio inadequado do revolver ou da pressão
Ajustar a pressão de ar de pulverização e pintar a
uma distância adequada
Aplicação de camada muito fina
Aplicar na espessura recomendada conforme boletim
técnico



Cobertura Deficiente
Origens
Correções
Diluição excessiva 
Ajustar percentual de diluição 
Aplicação de tintas sobre superfícies quentes e lisas
Utilizar um solvente de evaporação mais lenta
Agitação inadequada dos pigmentos
Agitar perfeitamente até completa homogeneidade
Solvente de evaporação muito lenta causando
excessivo alastramento
Utilizar solvente de evaporação mais rápida
Pressurização incorreta
Ajustar pressão do equipamento de aplicação
Espessura do filme inferior a indicada
Aplicar na espessura recomendada

Defeitos de aplicação
Verificação de defeitos na pulverização
Defeito
Causa
Correções
Configuração carregada em cima
ou embaixo
Configuração defeituosa em curva
A) Acúmulo de material na capa de ar
B) Obstrução parcial nos orifícios dos chifres ou nos orifícios centrais da capa
C) Acúmulo de material no bico de fluído ou obstrução parcial do mesmo
D) Bico de fluído danificado
A) Remova a capa e lave-a com solvente
B) Remova o bico e lave-o com solvente
C) Substitua o conjunto bico e agulha
Configuração carregada no entro
A) Excesso de material
B) Material muito viscoso
A) Reduza o fluxo do material fechando o botão de ajuste de vazão de fluído
Configuração dividida ou cinturada
A) Falta de material
A) Aumente o fluxo de material, abrindo o botão de ajuste de fluído
B) Dilua o material
Pulverização intermitente ou ondulante
A) Pouco material na caneca
B) Pistola e caneca inclinada num ângulo excessivo
C) Passagem de fluído obstruída
D) Tubo de caneca solto ou rachado
E) Bico de fluído solto ou assento do bico de fluído danificado
F) Material muito viscoso para trabalhar ern S (sucção)
G) Caxeta gasta ou seca. ou sobreposta da guarnição solta
A) Encher a caneca
B) Não incline excessivamente a pistola ou gire o tubo da caneca
C) Limpar a passagem do tubo
D) Aperte ou substitua o tubo
E) Aperte ou substitua o conjunto bico e agulha
F) Dilua o material ou gire a válvula seletora para P (pressão)
G) Troque ou lubrifique a guarnição ou aperte a sobreposta
Não pulveriza
A) Furos do bico de fluído entupidos
B) Botão de ajuste de vazão de fluído fechado
C) Material muito viscoso
D) Capa solta
E) Capa sem chifre com válvula seletora na posição Sucção
A) Limpe os furos
B) Abra o botão de ajuste de vazão do fluído
C) Dilua o material ou gire a válvula seletora para Pressão
D) Aperte a capa
E) Mude a válvula seletora para a posição Pressão
Pingos ou escorrimento de materiais pelo bico
A) Ponta da agulha ou bico de fluído desgastado ou danificados
A) Troque o conjunto bico e agulha
Vazamento de material pelo sobreposto da guarnição
A) Sobreposto de guarnição solta
B) Guarnição gasta ou seca
A) Aperte rnas não tanto, que prenda a agulha
B) Troque a guarnição da agulha ou lubrifique

Descascamento
Descascamento do filme de tinta do substrato, parcial ou totalmente
Origens
Correções
Superfície mal preparada, contaminada com gorduras ou partículas sólidas soltas
Melhorar a limpeza superficial removendo os contaminantes. Eliminar partículas sólidas soltas.
Baixa umectação da tinta no substrato
Ajustar a viscosidade de maneira a garantir a tensão
superficial baixa para uma completa umectação da
superfície
Pintura sobre superfície aquecida acima de 60°C
Usar tintas adequadas para aplicação sobre
superfícies aquecidas
Condensação de umidade no substrato
Eliminar a umidade antes da aplicação

Descoramento
Perda de cor por degradação dos pigmentos ou por fotodegradação da resina
Origens
Correções
Pigmentos ou resinas inadequadas para a finalidade
Empregar tintas de formulação adequada para resistir às condições específicas

Eflorescência
Sais orgânicos de coloração esbranquiçadas que migram do interior da superfície e podem inclusive, romper a película de tinta
Origens
Correções
Superfície de alvenaria contendo alto teor de umidade, sem estar suficientemente curada
Raspar o substrato e aguardar cura completa do mesmo
Utilizar fundo selador álcali-resistente e repintar com látex adequado
Se necessário, neutralizar previamente a superfície com solução de ácido muriático

Empolamento
Formação de bolha contendo sólidos, líquidos ou gases
Origens
Correções
Superfície mal preparada ou oleosa
Melhorar a limpeza superficial
Excesso de umidade no substrato
Eliminar a umidade no substrato
Solvente retido no substrato devido à secagem
rápida da tinta
Aplicar camadas mais finas e usar solvente de
evaporação mais lenta
Excesso de umidade no ambiente
Eliminar a umidade do ambiente ou utilizar tinta
adequada para esta condição
Camada elevada
Diminuir espessura
Secagem superficial muito rápida
Usar solventes de evaporação mais lenta

Escorrimento
Em superfícies verticais as tintas tendem a se deslocar enquanto líquidas,
em forma de ondas ou gotas até a parte inferior
Origens
Correções
Viscosidade muito baixa de tinta
Acertar viscosidade
Camada muito espessa
Aplicar camadas finas
Desbalanceamento de solventes
Usar solventes mais voláteis
Falta de tixotropia
Utilizar produtos de boa tixotropia

Fervura ou crateras
Superfícies totalmente coberta por microcrateras
Origens
Correções
Evaporação muito rápida do solvente
Usar solventes menos volátil
Aplicação sobre superfícies muito aquecidas
Esfriar o substrato
Tinta formulada inadequadamente para aplicação a rolo
Usar tinta aditivada com ensoativos/antiespumantespara aplicação a rolo

Fungos ou bolor
Formação de colónias de fungos que se desenvolvem escurecendo ou manchando a superfície
Origens
Correções
Umidade elevada associado à presença de materiais orgânicos em decomposição ou parasitas de plantas
Lavar a superfície com solução de hipoclorito de sódio
Temperatura ambiente entre 0°C e 10°C e Oxigénio favorecem o desenvolvimento de fungos
Usar tintas que contenham agentes fungicidas 
Diminuir a umidade aquecendo a ambiente e aumentando a ventilação
Aplicar esquemas de pintura que tornem a superfície nivelada, livre de microcavidades e imperfeições onde os fungos se alojam

Gretamento
A superfície apresenta-se com textura igual ao couro de jacaré
Origens
Correções
Aplicação de tinta de alta dureza sobre fundo de menor dureza
A tinta aplicada deve ser de compatibilidade
adequada
Secagem superficial rápida, enquanto a película continua pastosa por retenção do solvente
Usar solvente adequado
Camada muito espessa
Aplicar baixas camadas

Manchas
Aparecimento de áreas com coloração e texturas diferenciadas
Origens
Correções
Fixação de sujeiras em áreas de maior porosidade ou de fusão térmica
Lavar a superfície
Efeitos de sais do substrato sobre o veículo da tinta ou sobre os pigmentos/cargas
Lavar a superfície ou usar selador adequado
Presença de umidade no substrato
Eliminar a causa da umidade no substrato

Marcas de trincha
Falta de nivelamento, pintura estriada no sentido da aplicação
Origens
Correções
Tinta com desbalanceamento tixotrópico
Utilizar produtos adequados para esta aplicação
Solvente de evaporação rápida
Usar solventes de evaporação mais lenta
Inabilidade do pintor ou pincel de cerdas muito duras
Treinamento ou utilização de pincel mais macio

Over spray
Origens
Correções
Utilização de solvente inadequado 
Utilizar diluente recomendado pelo fabricante
Excessiva diluição do material
Diluir na quantidade estipulada pelo fabricante conforme boletim técnico
Pistola de pintura muito distante da superfície
Aplicar numa distância mais próxima (15a 30cm)
Temperatura alta da peça Correntes de ar
Utilizar solvente de evaporação mais lenta Local de aplicação sem correntes de ar (ventos)

Oxidação prematura
Manchas de oxidação vindas do substrato
Origens
Correções
Insuficiência de espessura seca final
Adequar e controlar espessuras secas conforme recomendado
Contaminação
Resíduos de abrasivos ou contaminantes no substrato - umidade, sais, argila, etc
Aplicação defeituosa
Falhas de pinturas com microporos

Perda de aderência
Origens
Correções
Em superfícies de aço galvanizado, zinco: alumínio e metais não ferrosos
Aplicar fundo promotor de aderência estes substratos

Superfície mal preparada - desengraxada
Proceder a limpeza correia com solvente ou água dependendo do contaminante
Desmoldantes ceras; óleos sobre a superfície: ou sobre pintura velha
Desengraxe seguido de leve lixamento e retirada de poeira.Alternativas: jateamento ou removedores de tinta
Incompatibilidade do sistema com o substrato
Consulte o fabricante sobre a tinta que seja adequada para o substrato específico

Perda de aderência entre demãos
Origens
Correções
Acabamento não recomendado para utilização sobre o primer usado
Escolha do acabamento indicado consultado o fabricante
Primer excessivamente duro: liso, brilhante ou envelhecido
Lixar previamente o primer ou utilizar preparador de superfície
Intervalo entre demãos ultrapassado (cura excessiva)
Obedecer o intervalo mínimo e máximo estabelecido pelo fabricante

Secagem retardada
Origens
Correções
Ambiente úmido
Pintar com umidade relativa do ar inferior a 85%
Temperatura baixa
Temperatura mínima 15CC sendo a ideal 25°C e máx. 40CC
Graxa, cera ou outros contaminantes no substrato
Limpeza da superfície
Agitação inadequada da tinta
Agitar convenientemente até perfeita homogeneidade

Trincamento
Defeito
Causa
Correções
A superfície apresenta-se com minúsculas trincas
Intervalos entre demãos menor que o estipulado
Obedecer o tempo recomendado pelo
fabricante para repintura
Uso excessivo de solvente nas camadas subsequentes
Usar menor quantidade de solvente
Ganho ou perda de água (quando a superfície é de madeira)
Selar o substrato da madeira convenientemente





XI

NORMAS PETROBRAS


·         PETROBRAS – Tintas Normalizadas Válidas

Norma
Descrição
N-1202
TINTA EPÓXI ÓXIDO DE FERRO
N-1259
TINTA ALUMINIO FENÓLICA
N-1277
TINTA DE FUNDO EPOXI – PÓ DE ZINCO POLIAMIDA
N-1514-I
TINTA INDICADORA DE ALTA TEMPERATURA
N-1514-II
TINTA INDICADORA DE ALTA TEMPERATURA
N-1661
TINTA DE ZINCO ETIL SILICATO
N-1841
SHOP PRIMER DE ZINCO ETIL SILICATO
N-2198
TINTA DE ADERÊNCIA EPOXÍ ISOCIANATO OXIDO DE FERRO
N-2231
TINTA DE ETIL SILICATO DE ZINCO - ALUMÍNIO
N-2288
TINTA DE FUNDO EPÓXI PIGMENTADA COM ALUMÍNIO
N-2492
TINTA ESMALTE SINTÉTICO BRILHANTE
N-2628
TINTA EPÓXI POLIMIDA DE ALTA ESPESSURA
N-2629
TINTA DE ACABAMENTO EPÓXI SEM SOLVENTE
N-2630
TINTA EPÓXI – FOSFATO DE ZINCO DE ALTA ESPESSURA
N-2677
TINTA DDE POLIURETANO ACRILICO
N-2678
TINTA EPOXI POLIAMIDA PIGMENTADA COM ALUMINIO
N-2680
TINTA EPOXI SEM SOLVENTE TOLERANTE A SUPERFICIE MOLHADA
N-2851
TINTA EPOXI MODIFICADA ISENTA DE ALCATRÃO DE HULHA
N-2912-I
TINTA EPOXI NOVOLAC – TIPO I
N-2912-II
TINTA EPOXI NOVOLAC – TIPO II
N-2912-III
TINTA EPOXI NOVOLAC – TIPO III



·         PETROBRAS -  Tintas Normalizadas Obsoletas em Uso

Norma
Descrição
N-1195-I
TINTA EPÓXI POLIAMINA DE ALTA ESPESSURA
N-1195-II
TINTA EPÓXI POLIAMIDA DE ALTA ESPESSURA
N-1197
TINTA ACRILICA
N-1198-I
TINTA EPÓXI ACABAMENTO POLIAMINA – BAIXA ESPESSURA
N-1198-II
TINTA EPÓXI ACABAMENTO POLIAMIDA – BAIXA ESPESSURA
N-1211
TINTA EPÓXI ÓXIDO DE FERRO – ALTA ESPESSURA
N-1232
TINTA ESMALTE SINTÉTICO SEMI-BRILHO
N-1261
TINTA DE ADERÊNCIA CROMATO DE ZINCO POLIVINIL BUTIRAL
N-1585
SHOP PRIMER EPÓXI ÓXIDO DE FERRO
N-1761
TINTA DE ALCATRÃO DE HULHA – EPOXI POLIAMINA
N-1850
TINTA EPÓXI FOSFATO DE ZINCO – BAIXA ESPESSURA
N-1342
TINTA ESMALTE POLIURETANO ALIFÁTICO
N-1349
TINTA FUNDO EPOXI POLIAMINA  OXIDO FERRO




         PETROBRAS – Especifícações de Pintura


Norma
Descrição
N-0002
PINTURA DE EQUIPAMENO INDUSTRIAL
N-0442
PINTURA EXTERNA DE TUBULAÇÃO EM INSTALAÇÕES TERRESTRES
N-0449
REVESTIMENTO DE ESTRUTURA METÁLICA EM ZONA DE TRANSIÇÃO
N-1019
PINTURA DE MONOBÓIAS
N-1021
PINTURA DE SUPERFÍCIE GALVANIZADA
N-1192
PINTURA  DE EMBARCAÇÕES
N-1201
PINTURA INTERNA DE TANQUES
N-1205
PINTURA EXTERNA DE TANQUES
N-1374
PINTURA DE PLATAFORMA MARITIMA DE EXPLOR. E DE PRODUÇÃO
N-1375
PINTURA ESFERA E CILINDRO P/ARMAZ. DE GÁS LIQUEFEITO E AMÔNIA
N-1550
PINTURA DE ESTRUTURA METÁLICA
N-1735
PINTURA DE MÁQUINAS, EQUIPAM. ELÉTRICOS E INSTRUMENTOS
N-1849
PINTURRA INTERNA DE ADUTORAS
N-2037
PINTURA EQUIPAM. SUBMERSOS EM ÁGUA DO MAR
N-2104
PINTURA DE SONDA TERRESTRE
N-2441
PINTURA PARA TORRE GALVANIZADA
N-2631
PINTURA INTERNA DE TUBULAÇÕES
N-2843
PINTURA INTERNA TUBOS P/TRANSP. GÁS NATURAL NÃO CORROSIVO





XII

CORES PARA SINALIZAÇÃO INDUSTRIAL











CORES PARA IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS





CORES PARA SINALIZAÇÃO DE GASES INDUSTRIAIS







XII

FORMULAS E TABELAS



TABELA DE QUEDA DE PRESSÃO DE ÁR


Leitura da pressão no transformador de ar (lb/pol 2)
Mangueiras (diâmetro interno) polegadas
Pressão real no revólver para mangueiras de diferentes comprimentos (lb / pol 2)
1,5 metro
3 metros
5 metros
7 metros
8 metros
16 metros
30
1 / 4
5 / 16
26
29
24
28,5
23
28
22
27,5
21
27
9
23
40
1 / 4
5 / 16
34
38
32
37
31
37
29
37
27
36
16
32
50
1 / 4
5 / 16
43
47
40
47
38
46
36
45
34
45
22
40
60
1 / 4
5 / 16
51
57
48
56
46
55
43
55
41
54
29
49
70
1 / 4
5 / 16
59
66
56
65
53
64
51
63
48
63
36
57
80
1 / 4
5 / 16
68
75
64
74
61
73
58
72
55
71
43
66
90
1 / 4
5 / 16
76
84
71
83
68
82
65
81
61
80
51
74



TABELA DE REDIMENTO TEÓRICO / SOLIDOS P/VOLUME


% Sólidos por volume
20
25
30
35
40
45
50
Espessura película seca (microns)
Rendimento teórico – m2 /litro
20
10,0

12,5

15,0

17,5

20,0

22,5

25,0

25
8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

30
6,7

8,3

10,0

11,7

13,3

15,0

16,7

50
4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

60
3,3

4,2

5,0

5,8

6,7

7,5

8,3

80
2,5

3,1

3,8

4,4

5,0

5,6

6,2

100
2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

125
1,6

2,0

2,4

2,8

3,2

3,6

4,0

150
1,3

1,7

2,0

2,3

2,7

3,0

3,3




CONSTRUÇÕES METÁLICAS





TABELA DEPONTO DE ORVALHO



Na aplicação de tintas anticorrosiva é de vital importância seguirmos alguns parâmetros de condições ambientais para obtermos um filme de tinta com qualidade assegurada.
Os parâmetros mais importantes estão listados a seguir:
• Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta quando a temperatura ambiente for inferior a 5 °C, exceto quando se tratar de tinta cujo mecanismo de formação de película seja por evaporação do solvente. Tais tintas podem ser aplicadas desde que a temperatura ambiente seja igual ou superior a 2°C.
• Nenhuma tinta deve ser aplicada, se houver a expectativa de que a temperatura ambiente possa cair até 0 °C, antes de a tinta ter secado.
• Não deve ser aplicada tinta a superfícies metálicas cuja temperatura seja inferior à temperatura de ponto de orvalho + 3, ou em superfícies com temperatura superior a 52 °C. No caso de tintas a base de silicatos inorgânicos ricos em zinco, a temperatura da superfície metálica não deve exceder a 40 °C.
• Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta em tempo de chuva, nevoeiro ou bruma, ou quando a umidade relativa for superior a 85 %, nem quando haja expectativa deste valor de umidade ser alcançado. 

• Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta em tempo de chuva, nevoeiro ou bruma ou quando a umidade relativa do ar for superior a 85 %, nem quando haja expectativa deste valor ser alcançado.
• As tintas formuladas especificamente para aplicação sobre superfícies com condensação de umidade, com umidade residual ou úmida, não estão sujeitas às restrições do ponto de orvalho e de umidade relativa
Como usar a tabela:
Podemos utilizar os seguintes dados: suponhamos que a temperatura ambiente seja igual a 25ºC e a umidade relativa do ar igual a 75%. O seu ponto de orvalho será de 19,9 ºC (valor obtido diretamente pela tabela acima). Portanto, não se deve aplicar qualquer tinta se a temperatura do substrato não estiver pelo menos a 22,9 ºC.
  


TABELA DE CALCULO DE ÁREAS





TABELA DE CALCULO DE ESPESSURA DE FILME



TABELA DE PH


O carácter ácido de uma solução está relacionado com a concentração de iões H+ presente nessa solução (quanto mais forte é um ácido, maior é a concentração desses iões na solução).

A escala de pH é uma maneira de indicar a concentração de H+ numa solução.

Esta escala varia entre o valor mínimo 0 (acidez máxima), e o máximo 14 (acidez mínima ou basicidade máxima).
  
A 25 ºC uma solução neutra tem um valor de pH = 7




TABELA DE DILUIÇÃO DE TINTAS









XIII
GLOSSÁRIO


AIR LESS
Sem ar, tipo de pistola que não utiliza ar para a atomização da tinta, mas pressões hidráulicas da ordem de 2000 a 4000 libras/pol2
CLEAR
Claro, Verniz ( sem pigmento )
DAMP
Úmidade
EPOXIMASTIC
Tinta Epoxí de alta espessura, alta aderência e alta impermeabilidade, geralmente aplicada em demão única, com cerca de 125 µm, fundo / acabamento.
FLASH POINT
Ponto de fulgor – temperatura na qual os vapores dos solventes atingem uma concentração critica em mistura com o ar atmosférico e pode ser incendiado por uma faísca ou chama aberta.
FLASH RUST
Ferrugem instantânea, formada pela presença de umidade em superfície jateadas
FILLER
Enchimento, recheio, pó para ser adicionado a tinta (ex.: Pó de Zinco nas tintas de Etil Silicato de Zinco).
GRIT
Granalha de aço angular – abrasivo usado em serviços de jateamento.
HB
High  Build, Tintas de alta espessura
HS
High Solids, Tintas de alto sólidos
LEAFING
Folheamento, pigmento de alumínio de formato lamelar
LOW VOC
Tintas de baixo teor de compostos orgânicos voláteis, são as tintas de alto sólidos
MIST–COAT
Demão muito diluída de uma tinta ( 40% a 50% )
OVER-SPRAY
Poeira produzida durante a aplicação de uma tinta a pistola, geralmente causada pela pressão muito alta ou distancia da pistola.
PIN HOLE
Furo de alfinete ou bico de agulha – defeito minúsculo na película, que seassemelha a um furo provocado pela
PRIMER
Primeira demão de tinta , tinta de fundo
GRIT
Granalha de aço angular
SHOT
Granalha de aço esférica
WB
Tintas a base de água – também chamadas de hidrossolúveis
TIE–COAT
Tinta de amarração tinta intermediária geralmente aplicada sobre as tintas de zinco
Wash Primer      .
Tinta de fundo indicada para promover aderência em esquemas de pintura sobre metais não ferrosos, sua película é fina e quase transparente.
Pot-Life             

Tempo de vida útil da mistura (tempo que o pintor tem para usar a tinta catalisada antes de endurecer)

Shef-Life
Vida de Prateleira, vida útil em estoque, tempo de validade que o fabricante da tinta 




XIV

BIBLIOGRAFIA



FONTES INFORMATIVAS:

·         Coletânea do Aço  - Fabio Domingos Pannoni, Ph.D.
            Gerdau Açominas S.A., São Paulo, SP

·         Pintura na Proteção Anticorrisva
            Murillo de Carvalho Magnan, SP

·         Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia
            Centro Universitário Estadual da Zona Oeste-RJ

·         Manual de Construção em Aço – Manual de Tratamento de Superfície e Pintura
            Instituto Brasileiro de Siderurgia-Centro Brasileiro de Siderurgia-
            Centro Brasileiro da Construção em Aço
            Celso Gnecco - Roberto Mariano – Fernando Fernandes

·         Guia Técnico Ambiental Tintas e Vernizes – Série P+L – ABRAFATI  Associação Brasileira dos               Fabricantes de Tintas


PROJETO E MONTAGEM:

·         Roni Roberto D. Silva  - Dpto. Comercial e Atendimento a Industria - CONSTRUTEC

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